Reportagem
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A ideia do boné azul que adornou a cabeça dos ministros e até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é de nenhum gênio das redes sociais, mas de um até agora anônimo simpatizante do PT.
Nascido no parque Arariba,Cassinos ao vivo Brasil,Apostas online, na periferia de São Paulo,Apostas online, Daniel Baracho,Melhores sites de caça-níqueis, enviou uma mensagem de WhatsApp semanas atrás ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
"Tenho uma sugestão ao boné. Padilha, enquanto a extrema direita associa símbolos aos EUA, trazer o boné com o símbolo do Brasil reforça uma mensagem de soberania e patriotismo, que pode atrair tanto o público que já apoia como aqueles que buscam algo mais autêntico e nacional", escreveu.
"Pensar em algo específico para as palavras do boné, tais como, algo curto, direto, mas poderoso, como 'Brasil para os brasileiros' ou 'Orgulho de ser Brasil'. (...) Fazer um contraponto aos deputados que foram lamber as botas do Trump", continuou.
Em entrevista à coluna, Baracho contou que estava "indignado com os falsos patriotas", que reverenciam Donald Trump e que, por isso, decidiu mandar a mensagem.
Ele conseguiu furar a bolha da pobreza e se formar em engenharia graças à um concurso da área de educação e é simpatizante do PT desde 1989. Trabalhou na campanha de Padilha para governador de São Paulo como voluntário em 1989 e na de Guilherme Boulos para prefeito da capital, mas não é filiado ao partido.
"Essa turma (bolsonaristas) tem que entender que somos um país só. Eu morei alguns meses na Califórnia por causa do meu trabalho na área de tecnologia e o americano pensa primeira nele, segundo nele, terceiro nele. Essa não é uma guerra do boné. Existe uma guerra maior, que é o Brasil precisando de proteger de Trump e todos deveriam se unir", afirmou ao UOL.
Impressionado com a ideia do correligionário, Padilha levou a proposta ao ministro da secretária de Comunicação, Sidônio Palmeira, que tornou o boné azul, pensou no timing da divulgação (a eleição do Congresso), etc.
Mas o autor originário é Baracho, que ainda não tem o boné que idealizou. "O Padilha prometeu mandar para mim. Deve estar chegando".
Na mensagem original ao ministro, o engenheiro - que não tem formação em publicidade - foi profético:
"E todo mundo usar o boné do Brasil, os deputados, os ministros, etc, já pensou entrando no Congresso como boné do Brasil. Acho que vai virar uma febre", escreveu.
Pois, é. Virou
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